iNFRA Energia - Edição 1120 - 22-07-2022
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Agência iNFRA
iNFRAEnergia
Brasília,
 *|DATE:d|* de julho de *|DATE:Y|*
edição 1.120


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Nesta edição do iNFRAEnergia:
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LIGHT: RETORNO DE CRÉDITOS AO CONSUMIDOR AGRAVA CRISE; DEVOLUÇÃO DA CONCESSÃO JÁ É COGITADA 


Roberto Rockmann e Leila Coimbra (*), da Agência iNFRA

Enquanto a discussão sobre renovação ou relicitação de ativos de distribuição começa a ganhar intensidade nos bastidores e em eventos, o mercado começa a se questionar qual será a decisão tomada pelos controladores da Light, cuja área de concessão abrange a segunda maior cidade do país, o Rio de Janeiro. Alguns bancos e consultorias apontam que a devolução do ativo pode ser o melhor negócio. A empresa deve se manifestar sobre o desejo de prorrogar a concessão até maio de 2023.
 
Há poucos dias, o banco suíço UBS divulgou uma análise sobre a empresa para seus clientes, na qual reduziu sua projeção de preço da ação de R$ 13 para R$ 6,3. A ação chegou a valer R$ 20 há pouco mais de um ano. O banco acredita que a devolução do ativo é o melhor negócio, uma vez que existe a indenização aos sócios, correspondente ao ativo.
 
 “Nós sempre argumentamos que as perdas não técnicas eram intrínsecas à concessão, mas estamos aproveitando a oportunidade para ajustar nossas estimativas para refletir nenhuma melhoria nesse indicador. Também acreditamos que a Light deveria devolver a concessão para o governo e não solicitar uma renovação, uma vez que sua indenização corresponderia ao ativo regulatório base”, informa a análise do banco.
 
Problemas
Especialistas apontam o índice elevado de perdas não técnicas (que na baixa tensão chegam a assustadores 57%), a inadimplência, o crescimento da geração distribuída solar no estado, problemas com o GSF (risco hidrológico) e a eventual abertura do mercado livre via Projeto de Lei 414/2021 como obstáculos para o futuro da empresa, o que poderia levar à devolução do ativo. O valor de mercado da empresa na B3 tem caído. No ano, o recuo é de 52%, em 12 meses até a sessão de 20 de julho, a queda é de 63%. Em distribuição, a Light tem cerca de 4 milhões de clientes.
 
No início de julho, a situação da empresa também esteve na mira de investidores pela decisão da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) de RTEs (Revisões Tarifárias Extraordinárias). O processo ocorreu em razão das mudanças do governo federal em relação ao ICMS, repasse de créditos tributários recolhidos a mais ao consumidor e aporte na CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) para reduzir as tarifas em pleno ano eleitoral.
 
Reajuste negativo
Também estava prevista a RTE da Light. Mas a companhia obteve uma liminar na Justiça para adiar o processo. Se o relatório apresentado na diretoria colegiada da agência fosse votado e aprovado, a distribuidora passaria a ter um reajuste negativo médio de 5,89% nas suas tarifas, contra um aumento médio de 14,68%, autorizado em 15 de março. Isso seria um golpe nas já combalidas finanças da empresa.
 
A redução nas tarifas ocorre por conta da devolução dos créditos de PIS e Cofins cobrados em cima da base do ICMS nas tarifas, com a aprovação, pelo Congresso, da Lei 14.385/2022, que determina a devolução imediata ao consumidor desses valores cobrados indevidamente.
 
Em nota, a Light informou não ser contra a revisão tarifária, mas que o processo deveria ser precedido de uma consulta pública, exigida por lei e pela regulamentação específica.
 
Mudança de comando
Em meio a todo esse burburinho, houve a troca do comando da empresa, com a saída, em 30 de junho, de Raimundo Nonato de Castro da presidência da Light, posição que assumiu em outubro de 2020. O bom trabalho à frente das distribuidoras do Maranhão e Pará, concessões que enfrentavam inadimplência e perdas, levou o fundo Samambaia, principal acionista da companhia, a apoiar a indicação do executivo.
 
Sua gestão, no entanto, trouxe ruídos. Não teve um bom relacionamento com o prefeito carioca, Eduardo Paes. A dificuldade no relacionamento institucional somou-se à manutenção de problemas na gestão: a virada operacional não veio. Wilson Poit assumiu interinamente a empresa.
 
Troca de nome da empresa
Nonato chegou inclusive a sugerir a mudança de nome da concessionária, mas a ideia não prosperou, nem chegou a haver a contratação de uma empresa para trabalhar na nova marca.
 
O economista Octavio Cortes Pereira Lopes assumirá como novo CEO da companhia em 15 de agosto. O executivo teve uma curta passagem no setor elétrico, no início dos anos 2000, sendo responsável pela reestruturação financeira e operacional da Cemar, distribuidora do Maranhão que chegou a ser vendida por R$ 1 em 2003.
 
O governo
Na visão do governo e do agente regulador, a melhor opção é não deixar a empresa falir, nem devolver a concessão. Algumas concessões regulatórias nos índices de perdas poderiam ser feitas. Já a hipótese de intervenção está descartada, informaram fontes.
 
O que a Light diz:
A concessão da Light expira em 2026. A empresa foi a segunda privatizada pelo governo FHC, em maio de 1996, depois da venda do controle da Escelsa em 1995. Seu contrato prevê a renovação. Pelas regras, ela tem de manifestar interesse na prorrogação 36 meses antes, ou seja, em 2023. Questionada se a concessionária está conduzindo estudo sobre a questão, a Light respondeu que a prorrogação da concessão da Light por mais 30 anos está prevista no contrato em vigor da distribuidora. A primeira etapa deste processo de renovação ocorre em maio de 2023.
 
Acrescentou ainda que a “Light vem aumentando seus investimentos, especialmente em infraestrutura e modernização. Só nos últimos cinco anos, foram feitos aportes na ordem de R$ 4,7 bilhões. Em 2021, a companhia investiu R$ 1,3 bi – R$ 450 milhões no combate às perdas não técnicas –, o que corresponde a mais de 60% da média de recursos aplicados nos últimos quatro anos. 
 
Para 2022, a previsão é que seja investido R$ 1,1 bilhão pela companhia, com um incremento nas ações antifurto. Para combater os gatos, a Light aplicará R$ 600 milhões. Essa política de investimento, especialmente no combate às perdas, se dá por conta da complexidade da área de concessão da Light, incluindo os gargalos da segurança pública, fato reconhecido pela Aneel”.
 
Atualmente, apenas cerca de 16% da fatura paga pelos clientes é destinada para operar e manter o serviço de distribuição da companhia.
 
“Ainda assim, a empresa vem atuando para favorecer a modicidade tarifária. Um exemplo, é o reconhecimento pelo STF de ação proposta pela Light que resultou no fim da incidência do ICMS sobre o PIS/Cofins, reduzindo o valor da conta desde o mês de novembro de 2019.
 
O resultado desse processo permitiu à Companhia repassar aos seus clientes mais de R$ 1,4 bilhão em créditos de PIS/Cofins nos dois últimos reajustes tarifários, evitando um aumento ainda maior na conta de energia. A Light aguarda a regulamentação do processo pela ANEEL e afirma que é preciso garantir a segurança jurídica para a realização dessas devoluções.”

(*) Colaborou Alexandre Leoratti

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TCU - A ministra Ana Arraes recebeu aposentadoria de seu cargo no Tribunal de Contas da União. Acesse o decreto presidencial aqui.
 
CDE - Despacho 1.959/2022 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) fixa os valores dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético referentes aos valores aportados pela Eletrobras ou por suas subsidiárias a serem repassados às concessionárias e permissionárias de distribuição de energia.
 
DRO - Despacho 1.933/2022 da ANEEL registra o recebimento de requerimento de outorga de centrais geradoras fotovoltaicas no município de Morro do Chapéu (BA) em favor da Painitec Energia.
 
Liberadas - Despachos da ANEEL liberam unidades geradoras para início de operação nos municípios de Curral Novo do Piauí (PI), Dom Inocêncio (PI) e Penedo (AL).
 
Ata - A Eletronorte divulgou a ata da assembleia geral extraordinária de 13 de julho.
 
Agências - Portaria 668/GM/MME do Ministério de Minas e Energia subdelega aos diretores-gerais da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e da ANM (Agência Nacional de Mineração) competência para o julgamento de processos administrativos disciplinares de servidores em determinadas hipóteses.
 
Efeito estufa - Decreto 11.141/2022 da Presidência da República altera prazo para a comprovação do atendimento à meta anual individual de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para a comercialização de combustíveis.
 
Nuclear - Decretos 11.142/2022 e 11.143/2022 da Presidência da República aprovam a estrutura regimental e o quadro de cargos da ANSN (Autoridade Nacional de Segurança Nuclear) e da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

Secretária - Marisa Maia de Barros foi nomeada para exercer o cargo de secretária-adjunta da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

Diretor - Carlos Omildo Dos Santos Colombo foi nomeado para exercer o cargo de diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia.

Diretor 2 - Deivson Matos Timbó foi nomeado para exercer o cargo de diretor do Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

Assessores - Georgenor Cavalcante Pinto e Larissa de Morais Marra foram nomeados para exercer os cargos de assessores especiais da Assessoria Especial da Secretaria de Governo da Presidência da República.


Adolfo Sachsida - O ministro de Minas e Energia não terá compromissos oficiais nesta sexta-feira (22).

Jair Bolsonaro - O presidente da República recebe, no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, às 10h30.

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Newave - O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) passaram a utilizar a versão 28.0.3 do modelo Newave para realização de planejamento e programação da operação eletroenergética do SIN (Sistema Interligado Nacional) e PLD (Preço de Liquidação das Diferenças) para o PMO (Programa Mensal da Operação) de agosto de 2022. Mais informações no link.
 
Consulta pública - A Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) protocolou as contribuições na Consulta Pública 129/2022 do MME (Ministério de Minas e Energia), que dispõe sobre as diretrizes dos cálculos de custos e benefícios da geração própria de energia renovável no Brasil. A associação destaca sete tópicos para valoração dos custos e benefícios da modalidade: energia, encargos, risco financeiro, perdas, segurança eletroenergética, meio ambiente e dimensão socioeconômica.
 
Sustentabilidade - A empresa geradora de energia ENC Energy Brasil agora faz parte do Acordo Ambiental de São Paulo, unindo forças a diversas outras instituições corporativas que adotam práticas sustentáveis para preservação do planeta. As adesões ao acordo possuem o objetivo de incentivar empresas a assumirem compromissos práticos na redução de emissão de gases de efeito estufa para conter avanços do aquecimento global até 2030.
 
Pacto Global - A transmissora de energia State Grid tornou-se uma das iniciativas integrantes da Rede Brasil do Pacto Global, uma iniciativa da ONU (Organização das Nações Unidas) para promover o engajamento de ações práticas nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Além de melhoria na reputação, a ação também cria mecanismos para a empresa obter financiamentos a partir da emissão de green bonds para projetos em desenvolvimento.
 
Capacitação - A ANA (Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico) encerra no próximo domingo (24) o prazo para inscrições para três cursos a serem realizados à distância. Dois deles giram em torno do tema “Direito das Águas à Luz da Governança”, com enfoque em “Construção de Nexos da Governança e Integração da Gestão” e “Águas Subterrâneas no Ordenamento Brasileiro”; e um curso sobre as utilidades do Relatório de Segurança de Barragens. Mais informações no link
 
Eleição Petrobras - A FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a associação de acionistas minoritários da Petrobras, Anapetro, recorrerão a meios judiciais contra a indicação de Jônathas Assunção, secretário da Casa Civil, e de Ricardo Soriano, procurador-geral da Fazenda, para conselheiros de administração da empresa. No entanto, o Ministério de Minas e Energia informou na quarta-feira (20) que encaminhará à estatal a lista com os mesmos oito nomes já indicados anteriormente para o cargo em resposta aos impedimentos apontados pelo Comitê de Elegibilidade.
 
Biogás - A processadora de cana-de-açúcar BP Bunge Bioenergia anunciou nesta quinta-feira (21) a aproximação com a ABiogás (Associação Brasileira do Biogás), iniciativa que visa proporcionar o aumento da participação do biogás na matriz energética do país. A ação fortalece os objetivos da empresa em promover fontes de energia sustentáveis em contexto de transição energética.
 
Participação confirmada - O MME  (Ministério de Minas e Energia) anunciou hoje a participação do ministro Adolfo Sachsida na abertura do Fórum Brasileiro de Investimentos em Mineração. O evento será realizado na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) no dia 4 de agosto e promete a participação de entidades do setor, apresentação de painéis, casos de sucesso, carteira de projetos, rodadas de negócios e outras ações. Mais informações no link.


Produção da Petrobras cai 5% no segundo trimestre
Volume de petróleo, gás natural e líquido de gás natural da estatal brasileira ficou em 2,6 milhões de barris de óleo equivalente ao dia. (Valor)
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Insistência em nomes rejeitados para Petrobras é ataque à governança, dizem especialistas
Petroleiros anunciaram ação judicial para tentar impedir eleição de indicados de Bolsonaro à estatal. (Folha de S.Paulo)
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“Bondades” da PEC começam a ser pagas em 9 de agosto
Agenda ainda é uma “previsão”, diz Ciro Nogueira; caminhoneiros serão os primeiros beneficiados. (Valor)
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Preço de comida, petróleo e minério cai no mundo, mas inflação está viva
Queda das commodities até compensa carestia do dólar, mas há outros problemas. (Folha de S.Paulo – Vinicius Torres Freire)
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Além de Arteris, canadense Brookfield também procura comprador para Quantum e BRK
Gestora de investimentos, que é muito ativa no Brasil, estaria colocando ativos da carteira à venda por conta de prazo de fundo; momento é desafiador devido à volatilidade do mercado. (Estadão)
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Ativa compra Astrum e prevê dobrar faturamento
Empresa amplia escopo, com medidores na casa do cliente. (Valor)
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Energia solar térmica, potencial reprimido
Nações vão percebendo cada vez mais a importância dessa fonte limpa e inesgotável. (Valor – artigo)
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União Europeia volta a receber gás russo, mas com fluxo menor
Russos dizem que a parada no gasoduto ocorreu por questão de manutenção. (Valor, Folha de S.Paulo, Estadão, O Globo)
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